Oradores: Catarina Wallenstein, Daniel Blaufuks, Leïla Slimani
Moderação: Lís Barros
Nota: este evento irá decorrer em língua inglesa
Sinopse:
No seguimento do espectáculo Speak Low, o Festival de Sintra propõe uma mesa-redonda que junta figuras ilustres das artes e do pensamento, nomeadamente na sua vertente de reflexão sobre a errância, a diáspora, o exílio e a emigração.
Catarina Wallenstein, protagonista de Speak Low, é acompanhada pelos escritores Leïla Slimani, franco-marroquina, residente em Portugal, assim como o artista e autor Daniel Blaufuks. A moderação é de Lís Barros
Sobre os participantes:
Catarina Wallenstein
Catarina Wallenstein é uma actriz portuguesa, nascida em 1986. Com um percurso dividido entre o pequeno e o grande ecrã, Wallenstein estreou-se na televisão em 2004 com a mini-série Só Gosto de Ti, e no cinema um ano mais tarde com a longa-metragem de Miguel Martí, Fin de curso. Depois de se licenciar na Escola Superior de Teatro e Cinema em 2008, a atriz frequentou o Conservatoire em Paris. Desde então, tem participado em várias séries televisivas tais como A Vida Privada de Salazar (2009) e Destino Imortal (2010), e em filmes como Um Amor de Perdição de Mário Barroso (2008), Singularidades de Uma Rapariga Loura de Manoel de Oliveira (2009), numa interpretação que lhe valeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz, Mistérios de Lisboa de Raúl Ruiz (2010), A Gaiola Dourada de Ruben Alves (2013), Raiva de Sérgio Tréfaut (2018), Selvagens de Dennis Berry (2018), A Yellow Animal de Felipe Bragança (2020) e em várias obras do cineasta João Botelho.
Em 2019, estreou-se na realização com Tragam-me a cabeça de Carmen M., que co-realizou com Felipe Bragança.
Daniel Blaufuks
Daniel Blaufuks nasceu em Lisboa em 1963, numa família de refugiados judeus alemães. A sua formação dividiu-se entre a AR.CO, Lisboa, o Royal College of Arts, Londres, e a Watermill Foundation, Nova Iorque.
Fotógrafo, cineasta e artista plástico, tem trabalhado na relação entre fotografia e literatura, através de obras como My Tangier, com o escritor Paul Bowles. Mais recentemente, Collected Short Stories apresentou vários dípticos fotográficos, numa espécie de «prosa de instantâneos». A relação entre o público e o privado, a memória individual e a memória coletiva tem sido, aliás, uma das constantes interrogações no seu trabalho. Utiliza principalmente a fotografia e o vídeo, apresentando o resultado através de livros, instalações e filmes. O documentário Sob Céus Estranhos tem sido apresentado regularmente por todo o mundo, nomeadamente no PhotoEspaña (Madrid), onde o livro homónimo recebeu o prémio de melhor edição internacional do ano de 2007. Nesse mesmo ano, foi galardoado com o Prémio BES Photo. É diretor de imagem da revista literária Granta em Língua Portuguesa, responsável pela escolha dos fotógrafos de cada nova edição.
Expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro e tem mais de uma dezena de livros publicados.
Leïla Slimani
Leïla Slimani nasceu em 1981, em Rabat, Marrocos, numa família de expressão francófona. Aos 17 anos, partiu para Paris, onde estudou Ciências Políticas.
Antes de se dedicar à escrita, trabalhou como jornalista. Publicou o primeiro romance – No jardim do ogre – em 2014 e obteve imediato reconhecimento da crítica e dos leitores, conquistando o Prémio Mamounia.
Canção doce confirmou o seu lugar nas letras francesas e valeu-lhe a atribuição do prestigiado Prémio Goncourt, o mais importante prémio literário francês. Além dos romances, Leïla Slimani publicou vários livros de ensaio e opinião, e mantém atividade cívica em defesa dos direitos humanos.
Liderou uma campanha para ajudar as mulheres marroquinas a reclamar os seus direitos, o que lhe valeu o Prémio Simone de Beauvoir para a Liberdade das Mulheres.