O Festival de Sintra, 58 anos
de programação de excelência

Este Festival realizou-se pela primeira vez em 1957 e desde então tem conhecido diferentes designações, formatos e visões artísticas. No entanto, tem características que se têm mantido iguais desde o primeiro dia. Basta pensar no compromisso com a excelência, na aposta no talento emergente ou na relação única com o lugar que é Sintra.

Perde-se a conta aos grandes intérpretes que deixaram aqui a sua marca, de Paul Tortelier a Mstislav Rostropovich, de Igor Oistrakh a Aldo Ciccolini ou Maria João Pires, ilustrando a visão ambiciosa daqueles que decidiram construir aqui um lugar perfeito para a música. A aposta nos mais promissores jovens tem sido característica deste Festival, desde os tempos em que a Marquesa de Cadaval acolhia em sua casa músicos como Jacqueline Du Pré, Daniel Barenboim, Martha Argerich ou Nelson Freire.

O Festival tem também permitido, ao longo das suas décadas de vida, abrir portas para espaços menos conhecidos do público, proporcionando concertos em ambientes únicos que perduram na memória de quem os presenciou.

Hoje, o Festival de Sintra está mais vivo do que nunca e expande a sua programação em novos horizontes, sabendo honrar o seu legado. A relação com este território passa não apenas pelo riquíssimo património material, onde se perde a conta aos auditórios, palácios, igrejas e outros monumentos, mas também o património natural, ou não estivéssemos num dos mais privilegiados lugares onde a natureza se encontra com a vida humana. O Festival de Sintra é concebido para as pessoas e para todos aqueles que constituem o território de Sintra: tanto quem vive aqui, como quem nos visita apenas por um dia. Todos encontrarão no nosso programa algo que seja do seu agrado e à medida dos seus interesses.

Há caminhadas e concertos na natureza e programação infantil e para famílias. Um ciclo de cinema e concertos coreografados. Há duelo de pianistas e recitais que irão pela noite adentro. Há música barroca e dos nossos dias. Há tangos de Carlos Gardel e melodias de Carlos Paredes.

A ideia é que o Festival, sendo de Sintra, seja de todos e de todo o mundo. Sintam-se convidados!

Martim Sousa Tavares
Director Artístico do Festival de Sintra