SUMMER SUNDAY


28 DE SETEMBRO 2019 – 18H00
CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL
A defesa do ambiente e do bem-estar do meio rural, em tom divertido é a proposta musical da Pastoral cómica-trágica-ecológica, de Joseph Horovitz, “Summer Sunday”, semi-encenada, dirigida a todas as idades, para as famílias, para coro, solistas e piano.
Mário Laginha e o seu Trio abrem a primeira parte e Mario Laginha será o pianista de Summer Sunday, que conta ainda com o Coro Allegro (Sintra) e o coro infantil Voci (Sintra) e com os solistas Joana Seara, soprano, Marco Alves dos Santos, tenor e Hugo Oliveira, barítono.
O espetáculo tem conceção vídeo de Miguel Matos, encenação de Carlos Antunes e direção de Manuel Líbano Monteiro.
MÁRIO LAGINHA | PIANO
BERNARDO MOREIRA | CONTRABAIXO
ALEXANDRE FRAZÃO | BATERIA
JOANA SEARA | SOPRANO
MARCO ALVES DOS SANTOS | TENOR
HUGO OLIVEIRA | BARÍTONO
CORAL ALLEGRO
CORO INFANTIL SINTRA VOCI (Conservatório de Música de Sintra)
BERNARDO MOREIRA | CONTRABAIXO
MANUEL LÍBANO MONTEIRO | DIREÇÃO
MIGUEL MATOS | CONCEÇÃO VIDEO
CARLOS ANTUNES | ENCENAÇÃO
MÁRIO LAGINHA
Mário Laginha não é o homem dos sete instrumentos, porque o seu instrumento é o piano, mas o pianista gosta de navegar pelos muitos mundos sonoros que fazem o planeta música. Basta espreitar para os discos que gravou com a cantora Maria João, marcados pela linguagem do jazz, mas por onde perpassam influências que vão desde a música portuguesa e a clássica (sobretudo no disco a solo “Canções e Fugas”), até à pop anglo-saxónica ou às músicas brasileira e africana, para percebermos que estamos perante um músico que não gosta de ser catalogado em categorias estanques. No trio que mantém com o contrabaixista Bernardo Moreira e o baterista Alexandre Frazão, com quem gravou até agora dois discos, Mário Laginha mantém esse gosto pela mistura, pela diversidade e pelo risco. No caso de “Espaço” (2007), o ponto de partida foram conceitos mais ou menos abstratos relacionados com a arquitetura, que serviram para criar um conjunto de temas com designações próximas da linguagem dos arquitetos e urbanistas – “Tanto espaço”, “Escada”, “Plano”, “Vazio urbano” -, de que resultou um disco imediatamente classificado pela crítica da especialidade como do melhor jazz alguma vez feito entre nós. No segundo disco do Mário Laginha Trio, “Mongrel” (2010), o pianista levou ainda mais longe o desafio e o risco. O pretexto para o disco, nascido de uma encomenda do São Luiz Teatro Municipal e da Orquestra Metropolitana de Lisboa, foram obras de Fréderic Chopin, uma empreitada arriscada que Laginha agarrou com uma mistura de respeito pelo grande músico polaco e de liberdade para infringir compassos, tempos e melodias, operando com isso uma transfiguração das obras originais, que passaram a ser temas que se encaixam indiscutivelmente no mundo criativo de Mário Laginha. Está marcada para breve a edição do terceiro trabalho discográfico do Trio.
JOANA SEARA
Em ópera, Joana tem interpretado inúmeros papéis de Monteverdi a Puccini, de Verdi a Francisco António de Almeyda. Destacam-se as suas interpretações de Margery (em The Dragon of Wantley) com a Akademie für Alte Musik Berlin no Festival de Potsdam, Damigella (em Coronation of Poppea) para a English National Opera, Gretel (em Hänsel und Gretel) para Opera Holland Park e Glyndebourne (cover), Dorinda (em Orlando), Zerlina (em Don Giovanni), Despina (em Così fan tutte) na Holanda, Inglaterra e Irlanda, e Galatea (Acis and Galatea) em França. No Teatro Nacional de São Carlos, foi Susanna (em Le nozze di Figaro), Frasquita (Carmen), Tebaldo/Voce dal Cielo (em Don Carlo), Flora (em La Traviata) e Ines (em Il Trovatore). Mais recentemente, apresentou-se como Suor Angelica em St James’s Piccaddily Londres, como artista de Opera Unlimited.
Joana trabalha regularmente nas produções dos Músicos do Tejo (dir Marcos Magalhães). Foi Belinda (em Dido e Eneias), Nerina (em Il Trionfo d’Amore), Vanetta (em Il Frate N’namorato) e Vespina (em La Spinalba). Também com este grupo, lançou dois projetos discográficos: La Spinalba (Naxos) e As Árias de Luísa Todi.
Outra discografia incui 18th-Century Portuguese Love Songs (Hyperion) com L’Avventura London.
Joana tem-se apresentado na interpretação de grandes obras de oratória nos mais importantes palcos portugueses, destacando-se os grandes auditórios do CCB, da Gulbenkian e na Igreja de São Roque. Das obras interpretadas, destacam-se as Cantatas n.º 127 e 140 de Bach (dir. Ton Koopman), Jeanne d’Arc au bûcher de Honegger (dir. Simone Young), a Paixão seg. São João com os King’s Consort (dir. Mathew Halls), a Paixão seg. São Mateus com a Orquestra Barroca Divino Sospiro (dir. Enrico Onofri) e O Messias com a Orquestra Metropolitana (dir. Nicholas Kraemer) e com a Orquestra do Norte (dir. Jorge Matta). Também com a Orquestra Barroca Divino Sospiro (dir. Enrico Onofri e Massimo Mazzeo), actuou nos festivais de Ile de France, Ambronay, Mafra e Varna. Com os Músicos do Tejo, apresentou-se nos Festivais de Alcobaça, Mafra e em Goa, Índia.
Joana estudou na Guildhall School of Music and Drama, em Londres, como bolseira da Fundação Gulbenkian.