Steven Isserlis e Connie Shih
“Ligações reencontradas”

18 JUNHO

21:00, Auditório Jorge Sampaio
Centro Cultural Olga Cadaval

Steven Isserlis, violoncelo

Connie Shih, piano

Programa:

Ludwig van Beethoven, Sonata para violoncelo e piano em Fá Maior, Op. 5, nº1

  • Adagio sostenuto - Allegro
  • Allegro vivace

Ludwig van Beethoven, Sonata para violoncelo e piano em Ré Maior, Op.102, nº2

  • Allegro con brio
  • Adagio con molto sentimento d’affetto
  • Allegro - Allegro fugato

Intervalo

Nadia Boulanger, Três Peças para Violoncelo e Piano

  • Moderato
  • Sans vitesse et à l’aise
  • Vite et nerveusement rythmé

Gabriel Fauré, Sonata para violoncelo e piano nº2 em Sol Menor, Op.117

  • Allegro
  • Andante
  • Finale - Allegro vivo

Thomas Adès, Lieux retrouvés

Sinopse:

Para a sua estreia no Festival de Sintra, a dupla Steven Isserlis e Connie Shih preparou um ambicioso programa de recital. Assente naquele que é o mais incontornável compositor para a formação de piano e violoncelo, Ludwig van Beethoven, o concerto abrirá com duas sonatas que remetem para o período inicial e para a plena maturidade do compositor, escritas com dezanove anos de diferença, de 1796 a 1815.

Ouvir-se-á ainda uma terceira sonata, desta vez a segunda e última do francês Gabriel Fauré, escrita em 1921, quando o compositor estava já no fim da sua vida e, tal como Beethoven, acometido pelos tormentos da surdez.

O programa conta ainda a estreia nacional das Três Peças para Violoncelo e Piano, uma das raras composições no catálogo de Nadia Boulanger, que passou à história sobretudo como pedagoga. Esta composição é fruto da sua juventude, escrita em 1914 e antes do trágico falecimento da sua irmã, Lili, compositora de enorme talento, cuja perda impactou profundamente Nadia Boulanger até ao fim da sua longa vida.

Por último, apresenta-se pela primeira vez em Portugal a obra Lieux retrouvés, de Thomas Adès, compositor maior da era contemporânea, e cuja partitura foi estreada precisamente por Steven Isserlis em 2009. Dividida em três andamentos, trata-se de uma partitura que mereceu ovação em pé quando foi ouvida pela primeira vez, como resultado de uma encomenda do Aldeburgh Festival, no Reino Unido.

Sobre os artistas:

Steven Isserlis, violoncelista britânico, é um dos mais destacados solistas de todo o mundo na atualidade. A sua atividade, que passa pelas mais importantes salas e orquestras do mundo e se cruza com os nomes mais destacados da música clássica, extende-se ainda para a música de câmara, a pedagogia, a comunicação e até a escrita.

O seu domínio estético da música abrange os mais diversos períodos, indo dos períodos mais antigos da música barroca até à criação dos nossos dias, na qual se tem destacado como intérprete privilegiado de obras de Thomas Adès, John Taverner, György Kurtág, Heinz Holliger, Jörg Widmann, entre incontáveis outros.

O seu trabalho inclui inúmeros discos reconhecidos com prémios da crítica e considerados marcos interpretativos, assim como dois muitíssimo populares livros infantis dedicados à música clássica e traduzidos em diversas línguas.

O seu espírito de entrega e generosidade na interpretação e partilha musical fazem de Steven Isserlis um nome acarinhado pelo público de todas as partes do mundo e valeu-lhe a distinção de Commander of the British Empire pela Raínha Isabel II em 1998.

Steven Isserlis toca o violoncelo Stradivari “Marquês de Corberon”, de 1726.

Natural do Canadá, a pianista Connie Shih é uma das mais reconhecidas pianistas da sua geração, tendo-se especializado na prática de música de câmara, na qual se tem apresentado de forma continuada ao lado de solistas de renome mundial como Isabelle Faust, Maxim Vengerov, Joshua Bell ou Steven Isserlis, com quem mantém uma colaboração duradoura.

A sua carreira começou de forma fulgurante e aos nove anos de idade debutava como solista com a prestigiada Orquestra Sinfónica de Seattle, tendo a partir daí somado inúmeros prémios, distinções e presenças nas principais salas de todo o mundo.

VOLTAR AO PROGRAMA