Maestro al Cembalo |
Fernando Miguel Jalôto |
Soprano solo |
Eduarda Melo |
Alto solo (Giovanni) |
Gabriel Diaz |
Tenor solo (Gesù) |
Fernando Guimarães |
Soprano solo |
Raquel Mendes |
Soprano |
Teresa Duarte |
Alto solo |
António Lourenço Menezes |
Alto |
Markéta Chumová |
Tenor solo |
André Lacerda |
Tenor |
Pedro Daniel Miguel |
Baixo solo |
Hugo Oliveira |
Baixo |
Bertrand Delvaux |
Violino I (concertino) |
Luca Giardini |
Violino I |
Guillermo Santonja |
Violino I |
Reyes Gallardo |
Violino II (concertino) |
Ayako Matsunaga |
Violino II |
Ágnes Sarosi |
Violino II |
Ana Carvalho |
Viola |
César Nogueira |
Violoncelo (solo) |
Diana Vinagre |
Contrabaixo |
Marta Vicente |
Órgão |
Sérgio Silva |
Programa:
Gaetano Maria Schiassi, Maria Vergine al Calvario, oratorio à 3 e a 4 voci con instrumenti e cori obbligati
PARTE PRIMA
PARTE SECONDA
Sinopse:
Fruto de uma encomenda do Festival de Sintra, será ouvido em estreia moderna aquele que é o primeiro oratório a ter sido escrito em Portugal.
O seu autor, Gaetano Maria Schiassi, natural de Bolonha, onde nasce em 1698, entra ao serviço da corte portuguesa na década de 1730, fazendo parte do esforço de italianização estética levado a cabo por D. João V, que durante o seu reinado atraiu para Portugal alguns dos principais artistas transalpinos do seu tempo, não só na música mas também na pintura, escultura ou arquitetura.
Um dos primeiros resultados deste novo emprego de Schiassi é precisamente o imponente oratório Maria Vergine al Calvario, para orquestra, coro e três solistas, datado de 1734 e agora redescoberto e transcrito por Fernando Miguel Jalôto
Sobre os artistas:
O Ludovice Ensemble é um grupo especializado na interpretação de música antiga, criado em 2004 por Fernando Miguel Jalôto e Joana Amorim, com o objectivo de divulgar o repertório dos séculos XVII e XVIII através de interpretações historicamente informadas e usando instrumentos antigos. O grupo trabalha regularmente com os melhores intérpretes portugueses especializados, e também com prestigiados artistas estrangeiros. O Ludovice Ensemble apresentou-se em Portugal nos principais festivais nacionais e é uma presença regular nas duas principais salas do país.
Apresentou-se no estrangeiro nos mais prestigiados festivais de música antiga, com mais de uma dezena de internacionalizações, incluindo atuações nos canais RTF e Mezzo.
O seu primeiro disco saiu em 2013, com grande aclamação da crítica, abrindo as portas a vários outros registos, sempre abordando diferentes repertórios.
Desde 2021, realiza em Aveiro a Academia Ludovice, iniciativa dedicada às práticas históricas interpretativas da música, dança e teatro barrocos.
Fernando Miguel Jalôto é especializado em instrumentos históricos de teclado e na interpretação historicamente informada do repertório musical dos séculos XVI, XVII e XVIII. É fundador e diretor artístico do Ludovice Ensemble. Em Portugal, é membro do Ensemble Bonne Corde e da Real Câmara e colabora com grupos especializados internacionais como Vox Luminis, Oltremontano, La Galanía, Capilla Flamenca, Collegium Musicum Madrid e Allettamento. Apresentou-se em vários festivais e inúmeros concertos por toda a Europa, Israel, China e Japão. Gravou para a Ramée/Outhere, Harmonia Mundi, Glossa Music, Challenge Records, Brilliant Classics, Dynamic, Parati, Anima & Corpo, e Conditura Records, bem como para as rádios portuguesa, espanhola, alemã e checa, e os canais televisivos Mezzo, Arte e RTP.
Como “maestro al cembalo”, é convidado para dirigir ensembles especializados internacionais, como a Jerusalem Baroque Orchestra em Israel, ou o HRBA — Croatian Baroque Ensemble, na Croácia. Estudou no Departamento de Música Antiga e Práticas Históricas de Interpretação do Conservatório Real da Haia, na classe de Jacques Ogg e Frequentou masterclasses com Gustav Leonhardt, Olivier Baumont e Ilton Wjuniski, entre outros. É mestre em Música pela Universidade de Aveiro e doutorado em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa.
Formada em Canto pela Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto, Eduarda Melo integrou o Estúdio de Ópera da Casa da Música do Porto e o elenco do CNIPAL em Marseille. Foi galardoada com o segundo prémio do concurso internacional de canto de Toulouse. É convidada para numerosos festivais na Europa e trabalhou com maestros como Marc Minkowski, Jérémie Roher, Ton Koopman, Hervé Niquet, Jean-Claude Casadesus, Antonello Allemandi em prestigiadas casas de ópera como Glyndebourne, Marseille, Lille, Nice, Caen, Dijon, Paris e Lisboa.
Colabora regularmente com Le Concert de la Loge (Julien Chauvin), Divino Sospiro e Ludovice Ensemble. No seu trabalho mais recente conta-se a estreia da ópera “Paraíso” de Nuno da Rocha e “Three Lunar Seas” de Joséphine Stephenson (Opéra Grand Avignon) e “Os Dias Levantados” de António Pinho Vargas.
O contratenor Gabriel Díaz tem-se apresentado sob a direção de diretores como Jordi Savall, Lionel Meunier, Ruben Jais, Jana Semeradová ou Andreas Spering, em diversos auditórios e festivais em Espanha, Portugal, França, Inglaterra, Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, Áustria, República Checa, Suíça, Estónia, Polónia, Noruega, México, Colômbia e Estados Unidos. Tem no seu repertório inúmeros papéis principais do repertório lírico barroco, que tem apresentado com regularidade nos mais diversos palcos e com ensembles de referência como Les Arts Florissants ou a Orquestra Barroca da Finlândia.
Nomeado para um Grammy para Melhor Gravação de Ópera em 2015 pela sua interpretação do papel titular de Il Ritorno d’Ulisse in Patria de Monteverdi com o Boston Baroque, Fernando Guimarães foi também vencedor do concurso L'Orfeo em Verona e premiado no conceituado concurso Cesti em Innsbruck, além de galardoado com o Prémio Jovens Músicos da RDP e com o 2º Prémio no Concurso Nacional de Canto Luıśa Todi. Tem cantado extensivamente com grupos de referência como L’Arpeggiata, Les Talens Lyriques, Concerto Köln, Pygmalion, Les Muffatti, Al Ayre Español, Orquesta Barroca de Sevilla, Cappella Mediterranea.
A sua discografia conta com mais de uma vintena de gravações nas mais diversas etiquetas. Entre os seus êxitos contam-se o papel titular de La Descente d’Orphée aux Enfers de Charpentier com Les Arts Florissants (Opéra Royal de Versailles); a sua estreia na Philharmonie de Berlim com a Freiburger Barockorchester e no Queen Elizabeth Hall de Londres com a Orchestra of the Age of Enlightenment; Teseo em Elena de Cavalli (Festival d’Aix-en-Provence); Fenton em Falstaff de Verdi (Lawrence Foster/Fundação Gulbenkian); e o protagonista de L'Orfeo de Monteverdi na Opéra de Lausanne (Robert Carsen/Ottavio Dantone). Entre os seus mais recentes projetos incluem-se a sua estreia com a Nederlandse Bachvereniging, numa digressão com a Matthäus-Passion de J.S.Bach; o papel de Tamese na Arsilda de Vivaldi, com Collegium 1704 e Vaclav Lúks; uma nova produção de L'Orfeo de Monteverdi, no Teatro Regio de Turim, e o seu regresso ao papel titular do Ulisse de Monteverdi em Sydney, com a Pinchgut Opera.
Em 2022, tornou-se co-fundador e diretor artístico do ensemble Il Filo d’Oro, com o qual se dedica sobretudo à interpretação historicamente informada de música do seicento italiano.