Ludovice Ensemble e solistas
Estreia moderna de “Maria Vergine al Calvario”

14 JUNHO

19:30, Igreja Paroquial de Colares

Maestro al Cembalo

Fernando Miguel Jalôto

Soprano solo
(Maria Vergine)

Eduarda Melo

Alto solo (Giovanni)

Gabriel Diaz

Tenor solo (Gesù)

Fernando Guimarães

Soprano solo

Raquel Mendes

Soprano

Teresa Duarte

Alto solo

António Lourenço Menezes

Alto

Markéta Chumová

Tenor solo

André Lacerda

Tenor

Pedro Daniel Miguel

Baixo solo

Hugo Oliveira

Baixo

Bertrand Delvaux

Violino I (concertino)

Luca Giardini

Violino I

Guillermo Santonja 

Violino I

Reyes Gallardo

Violino II (concertino)

Ayako Matsunaga

Violino II

Ágnes Sarosi

Violino II

Ana Carvalho

Viola

César Nogueira

Violoncelo (solo)

Diana Vinagre

Contrabaixo

Marta Vicente

Órgão 

Sérgio Silva

Programa:

Gaetano Maria Schiassi, Maria Vergine al Calvario, oratorio à 3 e a 4 voci con instrumenti e cori obbligati

  1. [Sinfonia]: Adagio e Spicco — Allegro

PARTE PRIMA

  1. [Recitativo] — Maria: «Dunque non v'è più speme a l'amor mio?»
  2. Aria Larghetto — Maria: «Che vi fe quest'innocente»
  3. [Recitativo] — Gesù, Giovanni, Maria: «Datti pace, o gran Madre»
  4. Aria Con Spirito — Giovanni: «À che si sebano in Cielo i fulmini»
  5. [Recitativo] — Gesù, Maria, Giovanni: «Son le pene, e gli affanni i trionfi d'amore»
  6. Aria Moderato — Gesù: «Veggo il leon feroce»
  7. [Recitativo] — Maria, Giovanni: «Ma s'avanzano, o Dio!»
  8. Aria Larghetto (Con Sordini) — Maria: «Sen và a morte il figlio mio»
  9. [Recitativo] — Giovanni, Maria: «Madre infelice, e tu popol perverso»
  10. Aria Moderato — Giovanni: «L'Agnelletta timidetta»
  11. [Recitativo] — Maria: «Io volgo in vano a queste parti»
  12. Madrigale a 4 con Ripieni Andante: «Noi seguiam dolenti ancelle»
  13. [Recitativo] — Giovanni, Maria: «Ahi che Gesù sen cade!»
  14. Aria Larghetto — «Per pietà deh che mi dice»
  • Intervalo

PARTE SECONDA

  1. [Recitativo] — Gesù: «Ecco giunta Israelle»
  2. Aria Tempo Giusto — Gesù «Maggior pena di tutte le pene»
  3. [Recitativo] — Maria, Gesù, Giovanni: «Ahi vista! Ahi tirannia!»
  4. Aria Moderato — Maria «Mira o Padre il tuo figlio»
  5. [Recitativo] — Giovanni, Maria, Gesù: «Sei di sasso, mio core»
  6. Aria Adagio, e Cantabile — Gesù «Ricordati che Padre tu sei»
  7. [Recitativo] — Giovanni, Maria, Gesù: «Agonizante il labro»
  8. Aria Andantino — Maria «Posso dir che senza core»
  9. [Accompagnato] Adagio, e Piano — Giovanni «Che veggo? Il ciel s'oscura»
  10. Aria Andante — Giovanni «Un eterno infernal foco»
  11. Madrigale a 4. con Ripieni Andante: «Ecco il Pastor spirante in su la croce»

Sinopse:

Fruto de uma encomenda do Festival de Sintra, será ouvido em estreia moderna aquele que é o primeiro oratório a ter sido escrito em Portugal.

O seu autor, Gaetano Maria Schiassi, natural de Bolonha, onde nasce em 1698, entra ao serviço da corte portuguesa na década de 1730, fazendo parte do esforço de italianização estética levado a cabo por D. João V, que durante o seu reinado atraiu para Portugal alguns dos principais artistas transalpinos do seu tempo, não só na música mas também na pintura, escultura ou arquitetura.

Um dos primeiros resultados deste novo emprego de Schiassi é precisamente o imponente oratório Maria Vergine al Calvario, para orquestra, coro e três solistas, datado de 1734 e agora redescoberto e transcrito por Fernando Miguel Jalôto

Sobre os artistas:

O Ludovice Ensemble é um grupo especializado na interpretação de música antiga, criado em 2004 por Fernando Miguel Jalôto e Joana Amorim, com o objectivo de divulgar o repertório dos séculos XVII e XVIII através de interpretações historicamente informadas e usando instrumentos antigos. O grupo trabalha regularmente com os melhores intérpretes portugueses especializados, e também com prestigiados artistas estrangeiros. O Ludovice Ensemble apresentou-se em Portugal nos principais festivais nacionais e é uma presença regular nas duas principais salas do país.

Apresentou-se no estrangeiro nos mais prestigiados festivais de música antiga, com mais de uma dezena de internacionalizações, incluindo atuações nos canais RTF e Mezzo.

O seu primeiro disco saiu em 2013, com grande aclamação da crítica, abrindo as portas a vários outros registos, sempre abordando diferentes repertórios.

Desde 2021, realiza em Aveiro a Academia Ludovice, iniciativa dedicada às práticas históricas interpretativas da música, dança e teatro barrocos.

Fernando Miguel Jalôto é especializado em instrumentos históricos de teclado e na interpretação historicamente informada do repertório musical dos séculos XVI, XVII e XVIII. É fundador e diretor artístico do Ludovice Ensemble. Em Portugal, é membro do Ensemble Bonne Corde e da Real Câmara e colabora com grupos especializados internacionais como Vox Luminis, Oltremontano, La Galanía, Capilla Flamenca, Collegium Musicum Madrid e Allettamento. Apresentou-se em vários festivais e inúmeros concertos por toda a Europa, Israel, China e Japão. Gravou para a Ramée/Outhere, Harmonia Mundi, Glossa Music, Challenge Records, Brilliant Classics, Dynamic, Parati, Anima & Corpo, e Conditura Records, bem como para as rádios portuguesa, espanhola, alemã e checa, e os canais televisivos Mezzo, Arte e RTP.

Como “maestro al cembalo”, é convidado para dirigir ensembles especializados internacionais, como a Jerusalem Baroque Orchestra em Israel, ou o HRBA — Croatian Baroque Ensemble, na Croácia. Estudou no Departamento de Música Antiga e Práticas Históricas de Interpretação do Conservatório Real da Haia, na classe de Jacques Ogg e Frequentou masterclasses com Gustav Leonhardt, Olivier Baumont e Ilton Wjuniski, entre outros. É mestre em Música pela Universidade de Aveiro e doutorado em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa.

Formada em Canto pela Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto, Eduarda Melo integrou o Estúdio de Ópera da Casa da Música do Porto e o elenco do CNIPAL em Marseille. Foi galardoada com o segundo prémio do concurso internacional de canto de Toulouse. É convidada para numerosos festivais na Europa e trabalhou com maestros como Marc Minkowski, Jérémie Roher, Ton Koopman, Hervé Niquet, Jean-Claude Casadesus, Antonello Allemandi em prestigiadas casas de ópera como Glyndebourne, Marseille, Lille, Nice, Caen, Dijon, Paris e Lisboa.

Colabora regularmente com Le Concert de la Loge (Julien Chauvin), Divino Sospiro e Ludovice Ensemble. No seu trabalho mais recente conta-se a estreia da ópera “Paraíso” de Nuno da Rocha e “Three Lunar Seas” de Joséphine Stephenson (Opéra Grand Avignon) e “Os Dias Levantados” de António Pinho Vargas.

O contratenor Gabriel Díaz tem-se apresentado sob a direção de diretores como Jordi Savall, Lionel Meunier, Ruben Jais, Jana Semeradová ou Andreas Spering, em diversos auditórios e festivais em Espanha, Portugal, França, Inglaterra, Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, Áustria, República Checa, Suíça, Estónia, Polónia, Noruega, México, Colômbia e Estados Unidos. Tem no seu repertório inúmeros papéis principais do repertório lírico barroco, que tem apresentado com regularidade nos mais diversos palcos e com ensembles de referência como Les Arts Florissants ou a Orquestra Barroca da Finlândia.

Nomeado para um Grammy para Melhor Gravação de Ópera em 2015 pela sua interpretação do papel titular de Il Ritorno d’Ulisse in Patria de Monteverdi com o Boston Baroque, Fernando Guimarães foi também vencedor do concurso L'Orfeo em Verona e premiado no conceituado concurso Cesti em Innsbruck, além de galardoado com o Prémio Jovens Músicos da RDP e com o 2º Prémio no Concurso Nacional de Canto Luıśa Todi. Tem cantado extensivamente com grupos de referência como L’Arpeggiata, Les Talens Lyriques, Concerto Köln, Pygmalion, Les Muffatti, Al Ayre Español, Orquesta Barroca de Sevilla, Cappella Mediterranea.

A sua discografia conta com mais de uma vintena de gravações nas mais diversas etiquetas. Entre os seus êxitos contam-se o papel titular de La Descente d’Orphée aux Enfers de Charpentier com Les Arts Florissants (Opéra Royal de Versailles); a sua estreia na Philharmonie de Berlim com a Freiburger Barockorchester e no Queen Elizabeth Hall de Londres com a Orchestra of the Age of Enlightenment; Teseo em Elena de Cavalli (Festival d’Aix-en-Provence); Fenton em Falstaff de Verdi (Lawrence Foster/Fundação Gulbenkian); e o protagonista de L'Orfeo de Monteverdi na Opéra de Lausanne (Robert Carsen/Ottavio Dantone). Entre os seus mais recentes projetos incluem-se a sua estreia com a Nederlandse Bachvereniging, numa digressão com a Matthäus-Passion de J.S.Bach; o papel de Tamese na Arsilda de Vivaldi, com Collegium 1704 e Vaclav Lúks; uma nova produção de L'Orfeo de Monteverdi, no Teatro Regio de Turim, e o seu regresso ao papel titular do Ulisse de Monteverdi em Sydney, com a Pinchgut Opera.

Em 2022, tornou-se co-fundador e diretor artístico do ensemble Il Filo d’Oro, com o qual se dedica sobretudo à interpretação historicamente informada de música do seicento italiano.

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